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Monilíase: é preciso conhecer para combater

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Para reforçar as ações de governo voltadas à prevenção de doenças do cacau e do cupuaçu, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron) adotou uma abordagem inovadora com atividades educativas, visando principalmente manutenção da condição de área livre da Monilíase, praga que afeta ambas as culturas.

As ações foram ampliadas em 2023 com uma nova metodologia denominada Caravana da Monilíase, e serão direcionadas às regiões produtoras. O slogan da caravana é: “Monilíase – É preciso conhecer para combater!”. “O foco da ação é alertar o produtor das principais formas de disseminação da monilíase”, explica o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres.

A primeira edição ocorreu em Buritis, região de Vale do Jamari, interior de Rondônia (onde há forte expressão na produção de cacau), de 29 de novembro a 1º de dezembro. A caravana mobilizou equipes da Idaron de diversos municípios e contou com participação de 69 técnicos educadores de outras instituições parceiras.

Equipe de profissionais que estiveram envolvidos na realização da atividade em defesa da cacauicultura de Rondônia.

No primeiro dia de atividade foi feito trabalho de nivelamento dos profissionais envolvidos na ação, no auditório da Câmara Municipal de Buritis. Em seguida, os técnicos participantes foram divididos em três grupos, para realizar atividades educativas em escolas e comunidades locais.

A estratégia de ação dos grupos foi de estabelecer um diagnóstico do conhecimento sobre a doença, informar como a doença dispersa, o que fazer caso observe sintoma de monilíase e da importância de comunicar imediatamente à Idaron”, destaca João Paulo Souza Quaresma, coordenador do Programa de Monitoramento de Pragas da Agência

Na Escola José Américo, linha União, zona rural, foram realizadas atividades com alunos do 2º e 5º ano do ensino fundamental, e na Escola Ruth Rocha, distrito de Rio Branco/ Campo Novo, com alunos do 9º ano do ensino fundamental e do 1º ano do ensino médio.

Outro grupo realizou trabalhos em uma propriedade, na linha Rabo do Tamanduá, com produtores rurais e técnicos do Senar, e na Escola Tiradentes, na linha 01 marco 20, com alunos do 9º ano do ensino fundamental e do 1º e 2º anos do ensino médio.

A Caravana da Monilíase foi amplamente divulgada nas rádios da região em que foi realizada a atividade.

Já na área urbana da cidade, um grupo realizou palestras e atividades lúdicas nas escolas Marechal Rondon, com alunos do 9º ano do ensino fundamental e dos 1º e 2º anos do ensino médio, e na escola Maria de Abreu Bianco, com alunos do 2º ano do ensino médio.

O resultado da primeira Caravana da Monilíase foi considerado positivo, com formação de 324 multiplicadores, segundo relatam as servidoras da Idaron que articularam as ações para realização da caravana, Sandra Almeida da Silva, de Buritis, e Maria Fernanda Camargo, de Ji-Paraná. A experiência serviu de base e aprendizado para a realização das próximas caravanas. “Apesar dos desafios, imprevistos e fortes chuvas, os objetivos principais foram alcançados com sucesso, o que ficou evidenciado pelo aumento significativo em 35% no percentual de acertos dos diagnósticos finais em todas as comunidades trabalhadas”, acentuam.

A atividade conta com apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e de outras entidades públicas e privadas ligadas ao setor agrícola do Estado, as quais estarão envolvidas na realização de novas caravanas em 2024”, afirma Rachel Barbosa, Coordenadora do Programa de Educação Sanitária da Idaron, “considerando que essa interação entre as entidades é um dos objetivos centrais das caravanas”, observa.

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