O produtor rural é um dos principais atores dentro das estratégias adotadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa, tanto para a retirada da vacina quanto para a manutenção do status de livre de febre aftosa sem vacinação. A afirmação é feita pelo diretor presidente da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), Otamir Cesar Martins, um dos palestrantes no 5º Fórum Rondoniense sobre a Manutenção de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, que acontece dia 24 deste mês, no auditório principal da 10ª Rondônia Rural Show Internacional.
Segundo ele, as principais estratégias para manutenção desse status sanitário baseiam-se na manutenção do cadastro de rebanhos, na vigilância e no controle de trânsito. Um tripé que tem como ponto de sustentação o comprometimento do produtor no cumprimento das medidas de defesa sanitárias elaboradas pelo Mapa em consonância com as agências estaduais de defesa agropecuária.
“Os cadastros são mantidos, essencialmente, por meio das campanhas de atualização de rebanho uma vez por ano. Todos os produtores rurais são obrigados a realizar a declaração dos seus rebanhos. Repito, esse é um processo em que o papel do produtor é fundamental”, acentua. Lembrando que, em Rondônia, o período de declaração é maio e novembro.
Sobre a vigilância, Otamir Cesar explica que a estratégia ocorre principalmente por meio do atendimento às notificações, em qualquer caso suspeito, de maneira imediata. “Quanto ao controle do trânsito, seja estadual ou interestadual, ocorre por meio dos postos de fiscalização localizados nas divisas do estado e das barreiras volantes. Em linhas gerais, essas são as principais ações para manutenção do status de livre de febre aftosa sem vacinação. E os resultados destas ações são informados anualmente para o Ministério da Agricultura”, destaca.
Questionado se há uma regra geral para as regiões distintas, Paraná e Rondônia, ou se cada região deve avaliar questões particulares para definir as estratégias para manutenção do status de livre de aftosa sem vacinação, o diretor presidente da Adapar afirmou que as regras, tanto para suspensão da vacina quanto pra manutenção do status, são definidas pelo Mapa no Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa.
“Isso não depende do estado. Para se retirar a vacinação e para se manter esse status existem regras que tem que ser cumpridas independente da unidade da federação, independente do circuito pecuário, independentemente da situação de cada estado”, acrescentou.
O presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), Julio Cesar Rocha Peres, explica que, a exemplo do Paraná, o Governo do Estado mantém aproximação com o setor produtivo e, nos últimos anos, intensificou as ações de educação sanitária nas escolas, associações de produtores e as visitas às propriedades rurais, como forma de conscientizar o produtor rural sobre seu papel para a manutenção do status sanitário conquistado a duras penas pela pecuária rondoniense, além de fortalecer as parcerias com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro) e outras importantes instituições.
E para garantir que a Idaron alcance todas as regiões, prestando serviço a todos os produtores rurais de Rondônia, o Governo tem investido em infraestrutura e renovação da frota da Agência. “O inegável sucesso de novos modelos de produção, tanto no aspecto ambiental quanto econômico, é coroado pelo desenvolvimento de um serviço sanitário estadual bem planejado, que é norteado por legislações e controle de padrão internacional”, destaca o governador do estado, Cel. Marcos Rocha.