Dispostos de maneira estratégica, nas divisas de Rondônia com os estados do Acre, Amazonas e Mato Grosso, os postos de fiscalização sanitária de trânsito animal e vegetal da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril – Idaron têm cumprido o papel de coibir que pragas e enfermidades ingressem na região, contribuindo para a sanidade da lavoura e do rebanho rondoniense.
Em apenas um ano, em 2022, tanto em barreiras volantes terrestres e fluviais, quanto em postos fixos, o trabalho de fiscalização resultou na abordagem de mais de 68,3 mil veículos. “Foram mais de 12 mil horas de barreiras volantes terrestres e fluviais de fiscalização sanitária do trânsito de animais e de seus produtos e subprodutos. Esse é um trabalho de extrema importância, que visa mitigar a vulnerabilidade à introdução de doenças e pragas de notificação compulsória”, destaca o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres.
De acordo com a coordenação de controle de trânsito animal da Idaron, as barreiras volantes são realizadas em todas as regiões do estado, com equipes compostas por médicos veterinários, engenheiros agrônomos e técnicos agropecuários. “As barreiras são realizadas periodicamente, durante todo o ano, em horários e locais estrategicamente definidos, considerando o fluxo do trânsito de animais e de produtos e subprodutos animais e vegetais. A atividade conta ainda com apoio da Polícia Militar, para garantia da segurança dos técnicos da Agência e da ordem durante as abordagens a veículos”, explica o coordenador de trânsito de animais, Ney Carlos Dias de Azevedo.
Em Vilhena, onde há o maior fluxo de veículos, em 2022 foram abordados 21,2 mil veículos com carga de animais e de produtos e subprodutos de origem animal e 2,9 mil veículos vazios. Já no posto Tucandeira, na divisa de Rondônia com o Acre, onde foi registrado o segundo maior tráfego, foram abordados 14,8 mil veículos vazios e 6,7 mil veículos com carga de animais e de produtos e subprodutos de origem animal.
Nesse mesmo posto, devido a proximidade com o Acre, onde foi confirmado foco da monilíase do cacaueiro, o trabalho da equipe de trânsito vegetal inspecionou 16 mil veículos e desinfestou outros 366. “Todos os veículos são inspecionados e, dependendo da região de origem, são desinfetados, para evitar qualquer tipo de contaminação”, destacou o coordenador de trânsito de produtos vegetais, Rodrigo da Silva Guedes. “Na Zona da mata as abordagens são mais intensificadas, porque é uma região onde há maior concentração de viveiros de café, que precisam comprovar a produção de mudas isentas de nematóides através de laudo laboratorial”, destacou.
Rodrigo Guedes informa ainda que o trabalho de fiscalização inclui inspeção a cargas de citros e de agrotóxicos, com especial atenção ao receituário agronômico.
CARGA ANIMAL
No total, durante as atividades do ano passado, mais de 27,4 milhões de animais foram inspecionados, observando a documentação zoosanitária. Desses, 625,3 mil eram animais susceptíveis a Febre Aftosa. “Rondônia é reconhecida internacionalmente, pela Organização Mundial de Saúde Animal-OMSA, como área livre de Aftosa sem vacinação, título que atribui caráter de extrema importância às ações desenvolvidas pelos profissionais da Idaron nos postos fixos de fiscalização e nas barreiras volantes”, acentua o governador do Estado, Cel. Marcos Rocha.
Cobrindo quase 1,5 mil quilômetros de fronteira, nos rios Madeira, Mamoré e Guaporé, com a utilização de barcos cabinados (Quero-quero) e voadeiras equipadas com motores de alto rendimento, as barreiras volantes fluviais realizaram 185 operações, com mais de 1,5 mil horas de trabalho.
POSTOS FIXOS
São sete os postos de fiscalização sanitária de trânsito animal e vegetal. Eles estão estrategicamente localizados na BR-364, em Acrelândia, divisa de Rondônia com o Acre, no quilômetro 130 da BR-319, divisa com o Amazonas, na Linha MA 28, em Machadinho, divisa com Mato Grosso, em Nova Colina, Ji-Paraná, também na divisa com Mato Grosso, em Juína, município de Vilhena, na divisa com a parte Sul do Mato Grosso, na BR-364, em Vilhena, ainda na divisa com o Mato Grosso, e em Cabixi, finalizando a divisa de Rondônia com a região mato-grossense.
