//Idaron promove Workshop sobre pragas do cacaueiro na regional de Ji-Paraná

Idaron promove Workshop sobre pragas do cacaueiro na regional de Ji-Paraná

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Atividade teve como público-alvo 17 servidores de 11 unidades da Idaron.

A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) promoveu, na última terça-feira (03/05), um Workshop sobre as pragas do cacaueiro e do cupuaçuzeiro, na regional de Ji-Paraná. A atividade resultou do esforço conjunto dos técnicos que apresentaram a demanda e da regional que viabilizou o curso.

A ação, que integra as estratégias de educação sanitária estabelecidas pela Agência Idaron, foi direcionada aos servidores técnicos das unidades locais de Ouro Preto do Oeste, Nova União, Mirante da Serra, Alvorada d’Oeste, Urupá, Teixeirópolis, Ji-Paraná, Nova Colina, Nova Londrina, Presidente Médici e Estrela de Rondônia. 17 servidores participaram do evento.

A atividade foi dividida em dois momentos, com quatro horas de aula teórica e mais quatro horas de aula prática, no campo e na área de pesquisa da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), em Ouro Preto do Oeste. As aulas foram realizadas sob a preceptoria do pesquisador Doutor Olzeno Trevisan, que destacou a importância de se saber distinguir as pragas que atacam as lavouras de cacau e de cupuaçu, visto que Rondônia é o quarto maior produtor de cacau do Brasil e que a região amazônica tem certas peculiaridades no que se refere aos insetos que se instalam nas plantações.

Segundo o especialista, com a crescente expansão do cacau na região Norte, novos problemas com pragas têm surgido. Nesse contexto, apresenta-se duas espécies recém-descritas, com potencial dano para o agroecosistema cacau na Amazônia. “Cientificamente denominado microácaro Davisella trevisanii e do escolitídeo Hypothenemus”, destacou Trevisan.

Um dos temas foi o inseto Monalônio, que causa danos diretos nos frutos e ramos do cacau em consequência de seu hábito alimentar picador sugador. Nos frutos, ele provoca uma lesão comumente denominada de “bexiga”. As lesões são formadas porque, para se alimentar, o inseto injeta saliva tóxica para solubilizar a parte orgânica do tecido a ser sugado. Devido isso, no local da picada, ocorre a morte dos tecidos e formação de uma pústula.

Quando o ataque ocorre nas brotações e ramos, o crescimento é paralisado, ocasionando a morte da planta. A picada do inseto pode causar também a morte de ramos e frutos menores e diminuição do peso das amêndoas dos frutos maiores.

DEFESA SANITÁRIA

Como a Idaron mantém um efetivo trabalho de inspeção dos frutos nas lavouras cacaueiras e cupuaçuzeiras do Estado, para detecção, principalmente, da moniliase do cacaueiro, uma praga quarentenária causada pelo fungo Moniliophthora roreri, detectada no estado do Acre e que representa grave ameaça aos produtores de cacau e cupuaçu, o Workshop se apresenta como uma importante ação para fortalecer as ações desenvolvidas pelas Unidades Locais em todo o estado. “Foi de muita valia, porque oportunizou aos técnicos um maior conhecimento dentro das atribuições da Defesa Sanitária Vegetal”, salientou a fiscal agropecuária Adriana Aparecida dos Santos.

A iniciativa também foi elogiada pelos técnicos que participaram das aulas. “Foi uma iniciativa muito boa e o professor Olzeno Trevisan é uma sumidade no que se refere a esse assunto. A gente pôde tirar muitas dúvidas e aprendemos bastante sobre as pragas primárias que atacam as lavouras de grande potencial econômico”, destacou o técnico agropecuário Jean Ramos dos Santos.