Segundo relatório da Gerência de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Gipoa), da Idaron, a fiscalização encontrou inconsistência de informações na documentação apresentada pelo estabelecimento inspecionado. “Embora a produção devesse estar suspensa devido a reformas nas instalações, suspensão essa solicitada pela própria empresa, percebeu-se que a produção não havia sido paralisada. Foi notado ainda que o queijo produzido estava sendo embalado com a utilização de rótulo de outra empresa”, explicou Margarete Eliane Gabellini Aprigio, responsável pela Gipoa.
A empresa autuada tem inscrição no SIE (Serviço de Inspeção Estadual) mas utilizava rótulo do SIF (Serviço de Inspeção Federal). “A empresa inscrita no SIF, que é a única autorizada a usar aquele rótulo, também será investigada pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)”, alertou Margarete Aprigio.
A utilização do rótulo de outra empresa, para que o produto fosse ao mercado de maneira fraudulenta, resultou na apreensão das mais de 1.200 peças de queijo produzidas. “E tem outro agravante: como a produção não estava sendo acompanhada pela inspeção da agência Idaron, o queijo torna-se um produto de qualidade duvidosa para o consumo humano, uma vez que não se tem a garantia de como esse produto foi fabricado”, salientou.