//Governo do estado inicia monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos in natura

Governo do estado inicia monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos in natura

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O Governo do Estado de Rondônia iniciou nesta semana o monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos in natura. O trabalho é desenvolvido através de um projeto elaborado no âmbito da Coordenação de Agrotóxicos da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron).

O objetivo, segundo Sirley Ávila Queiroz, da Coordenação Estadual de Agrotóxicos, é alertar o produtor rural sobre os riscos do excesso de agrotóxicos usados na produção agrícola. “Nesse primeiro momento, as coletas serão em caráter educacional, não tendo valor fiscalizatório”, salientou.

O primeiro alimento a ser monitorado, por ser uma das culturas de maior destaque na produção agrícola do estado, é o café. “De início, dez amostras de grãos, de lavouras diferentes, de regiões que são referência na cafeicultura, foram colhidas e encaminhadas para um laboratório, em São Paulo. As amostras serão submetidas a testes em que serão analisadas cerca de 500 princípios ativos”.

Rondônia vem se destacando, a nível Brasil, nas fiscalizações dos agrotóxicos realizadas em casas agropecuárias, postos de fronteiras, bem como em propriedades rurais. “No entanto, o Estado nunca monitorou os resíduos dos agrotóxicos em alimentos disponibilizados para população. Claro, existe o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) da Anvisa, mas ele (o programa) se concentra nas capitais e em produtos disponibilizados apenas nas gôndolas dos supermercados”, destacou.

Alerta

Rondônia está entre os estados que mais consomem agrotóxicos no Brasil. Em relação aos resíduos de agrotóxicos em alimentos, Sirley Ávila alerta que um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado por produtos tóxicos. “Essa contaminação pode causar danos à saúde dependendo da substância que é usada nos alimentos e o tempo em que se fica exposto a esses agrotóxicos. O risco é tanto para quem manuseia o pesticida, quanto para quem consome alimentos contaminados por ele”, explicou.