//Produtor rural tem até 30 de dezembro para cadastrar propriedades com plantio de soja em Rondônia

Produtor rural tem até 30 de dezembro para cadastrar propriedades com plantio de soja em Rondônia

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Os produtores rurais de Rondônia que atuam na sojicultura têm até o dia 30 deste mês de dezembro para cadastrar as propriedades onde haverá o plantio de soja no estado. O cadastro é obrigatório e teve início dia 15 de setembro, logo após o período do vazio sanitário. Pode ser feito presencialmente, nas regionais e unidades da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), nos 52 municípios e distritos, ou pela internet.

Para os produtores que desejam cultivar a soja em safrinha, o cadastro deve ser realizado presencialmente, entre os dias 01 de fevereiro e 30 de março do próximo ano. Esses procedimentos estão definidos na Instrução Normativa 04/2020 – Idaron.

Clique aqui e veja como declarar as propriedades.

Vazio Sanitário

O período do vazio sanitário é realizado entre os dias 5 de junho a 5 de setembro. Nesse período é proibido o plantio de soja sem permissão da Idaron, além do produtor ter de controlar a soja de crescimento espontâneo ou popularmente denominada “tiguera”. Após esse espaço de tempo, tem início o período de cadastramento de lavouras de soja da safra principal seguinte, onde o produtor deve realizar o cadastro entre os dias 15 de setembro até o dia 30 de dezembro de cada ano.

Lavoura

A soja já é o segundo produto mais exportado, gerando, só em 2019, 386 milhões de dólares em receita para o Estado. A área plantada tem alcançado aumentos significativos, na safra 2015/2016, por exemplo, foram plantados 234,9 mil hectares. Atualmente, a sojicultura é cultivada em 367,2 mil hectares, em 1,5 mil propriedades rondonienses, um aumento superior a 56% em apenas 5 anos.

Entre os principais fatores que afetam a obtenção de altos rendimentos na cultura da soja, a ferrugem asiática causada pelo fungo Phakopsora pachyrrizi, tem ocasionado a maior preocupação, pelo potencial de dano que pode ocasionar. O fungo da ferrugem é classificado como biotrófico, portanto, necessita de hospedeiro vivo para se multiplicar, sobreviver e transferir de uma safra para a outra, condição que pode ocorrer em plantios no período seco com irrigação na entressafra ou em plantas de soja tiguera de crescimento espontâneo.

O favorecimento de sobrevivência do fungo biotrófico na entressafra pode ser chamado como ponte verde, o que pode servir de elo para a ocorrência antecipada da doença na safra seguinte. Devido a essa característica do fungo, o “vazio sanitário da soja”, que é um período de ausência de plantas vivas de soja no campo na entressafra, tem como objetivo reduzir a quantidade de esporos do fungo durante a entressafra em razão da ausência do hospedeiro principal.

O resultado esperado é o atraso nas primeiras ocorrências de ferrugem-asiática na safra, diminuindo a possibilidade de ocorrência da doença nos estágios iniciais do desenvolvimento da soja e, consequentemente, podendo reduzir o número de aplicações de fungicidas necessárias para o controle da praga.