//Pecuária: uma atividade que impulsiona a economia rondoniense

Pecuária: uma atividade que impulsiona a economia rondoniense

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*Júlio Cesar Rocha Peres

Neste dia 14 de outubro se celebra o Dia Nacional da Pecuária, atividade que é uma das principais impulsionadoras da economia rondoniense, com expressão significativa também para o território nacional.

Com grandes investimentos no setor, tanto econômicos quanto em apoio ao produtor, o estado de Rondônia auxilia no desenvolvimento do país, sendo responsável por boa parte da produção de carne, leite e derivados. Só em 2019, a indústria frigorifica instalada no estado abateu mais de 2,7 milhões de cabeça e a agroindústria chegou a produzir mais de 700 milhões de litros de leite.

Nos últimos anos, a pecuária de Rondônia deu um salto no que se refere a qualidade e sanidade da produção, feito que hoje permite o Estado pleitear o status internacional de zona livre de aftosa sem vacinação, com reconhecimento da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

E vale salientar que a pecuária de Rondônia vai muito além dos bois e vacas. Temos também rebanhos suínos (porcos), ovinos (ovelhas e carneiros), caprinos (cabras e bodes), equinos (cavalos), muares (mulas), asininos (jumentos) e bubalinos (búfalos). Isso sem contar no efetivo galináceo (galos, galinhas, frangos etc) e na produção de ovos e leite.

Para possibilitar esse salto qualitativo de nosso rebanho, o governo do Estado, através da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), intensificou as ações de educação sanitária, orientando toda a comunidade sobre a importância da manutenção da sanidade dos animais, com vacinação contra várias doenças e a declaração obrigatória dos rebanhos junto ao serviço veterinário oficial.

No ano passado, o governo investiu mais de R$ 20 milhões na aquisição de equipamentos, veículos, barcos, drones, câmeras de vigilância, construção de unidades de fiscalização e na aquisição de um hidroavião, para reforçar a vigilância sanitária na região de fronteira.

Com um rebanho formado por mais de 14 milhões de cabeças, a Idaron, com apoio do produtor e de outras entidades governamentais e da iniciativa privada, consegue garantir, com inspeções e fiscalizações, o controle de qualidade da produção, seja ela para consumo interno ou para exportação.

Aliadas ao sistema de detecção precoce de doenças, a Idaron entende que a vigilância, principalmente a direcionada, e a notificação espontânea de enfermidades à Agência, são pontos fundamentais para que Rondônia se firme no mercado internacional e seja reconhecida internacionalmente como área livre de febre aftosa sem vacinação.

Como Rondônia deixou de vacinar contra a doença, passando de livre de aftosa com vacinação para a condição de livre de aftosa sem vacinação, a vigilância é o preço a se pagar pelo status alcançado. Há 21 anos não temos foco da doença em Rondônia. Alcançamos um status importante, mas, para mantê-lo, temos que unir forças, setor público e privado, e desenvolver ações conjuntas. Temos que entender que o programa de vacinação foi substituído pelo programa de vigilância. Com isso em mente, seguimos trabalhando junto ao produtor para fortalecer cada vez mais nossa pecuária e impulsionar nossa economia rumo a novos patamares.

*Presidente da Idaron