//Ações da Idaron na vigilância e controle da raiva do rebanho resultam na diminuição de casos em Rondônia

Ações da Idaron na vigilância e controle da raiva do rebanho resultam na diminuição de casos em Rondônia

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Nos últimos 25 anos, o estado registrou 231 focos da doença, mas em 2025 houve apenas três registros da raiva nos rebanhos de Rondônia.

A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), desde setembro, tem reforçado as ações de vigilância e controle da raiva do rebanho nos municípios de Campo Novo de Rondônia, Monte Negro e Governador Jorge Teixeira. As medidas foram adotadas após a confirmação de um foco da doença em Campo Novo e fazem parte do plano de ação da agência para bloquear e controlar a disseminação da enfermidade e reduzir os riscos à produção agropecuária.

O trabalho de campo envolve vacinação assistida do rebanho na propriedade foco, visitas técnicas a propriedades rurais até 12 quilômetros ao redor do foco, captura de morcegos hematófagos e monitoramento de seus abrigos, além de ações educativas junto à comunidade rural e comunicação às secretarias municipais de saúde para acompanhamento de pessoas que possivelmente tiveram contato com animais suspeitos.

Entre as ações já realizadas na região do foco, até o momento, equipes da Idaron visitaram 78 propriedades, promoveram cinco palestras e duas reuniões com produtores rurais, agentes de saúde e lideranças locais — totalizando 148 participantes —, e realizaram seis atividades de captura de morcegos e duas de monitoramento de abrigos. Também foram feitas coletas de amostras biológicas em animais suspeitos, encaminhadas para diagnóstico laboratorial. Até o momento, 104 propriedades vacinaram seus rebanhos, somando 10.908 animais imunizados.

A raiva dos herbívoros é uma doença de controle oficial no Brasil, conforme estabelece a Instrução Normativa nº 5/2002 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Em Rondônia, o órgão responsável por executar as ações de prevenção e controle é a Agência Idaron, que atua de forma contínua na vigilância epidemiológica da enfermidade.

Nos últimos 25 anos, o estado registrou 231 focos da doença, com média de nove anuais. Em 2025, foram confirmados três focos — nos municípios de Candeias do Jamari, Porto Velho (na região de Mutum-Paraná) e Campo Novo de Rondônia.

A doença é endêmica em quase toda América Latina, abrangendo desde o norte do México até o norte da Argentina, inclusive todo o território brasileiro, havendo regiões com maiores ou menores índices de endemia. De acordo com o Mapa, no Brasil, no período de 2005 a 2024 foram registrados 16.737 focos de raiva, distribuídos em todos os estados da Federação. Neste contexto, existem alguns Estados da Região Sudeste e Sul que chegam a apresentar o registro de mais de 100 focos de raiva em herbívoros por ano.

A Idaron reforça que, embora o vírus da raiva esteja presente na fauna silvestre, o controle é possível por meio da vacinação regular dos rebanhos, do controle da população de morcegos hematófagos e do trabalho educativo junto aos produtores. “Nosso objetivo é manter a baixa prevalência da raiva dos herbívoros em Rondônia e proteger o patrimônio sanitário do estado”, destaca o coordenador estadual do programa de controle da raiva dos herbívoros da Idaron, Ney Azevedo.