A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) intensificou as ações preventivas voltadas ao controle da raiva animal no município de Nova Mamoré. A medida foi adotada após a confirmação de um foco da doença em bovinos, registrado no distrito de Mutum-Paraná nas proximidades do Município de Nova Mamoré.
A força-tarefa mobiliza servidores das unidades da Idaron em Nova Mamoré, Nova Dimensão, Jaci-Paraná e União Bandeirantes que estão realizando visitas técnicas a propriedades rurais das regiões de Nova Mutum e Nova Dimensão. O objetivo é reforçar as medidas de vigilância, orientar os produtores sobre a vacinação do rebanho e investigar sobre a presença de possíveis novos casos da doença.
“O foco foi confirmado no dia 12 de junho, após exame laboratorial realizado em um bovino, no quilômetro 45 da Linha 29-B”, informou o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres. A análise foi feita pelo Instituto Biológico de São Paulo, laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Durante a operação, os técnicos da agência também investigam possíveis ataques de morcegos hematófagos o (Desmodus rotundus – transmissores do vírus da raiva) e mapeiam locais que possam servir de abrigo para esses animais. A identificação de bovinos com sintomas compatíveis com a doença também está entre as as ações.
Além das ações de campo, a Idaron vem promovendo atividades de educação sanitária, com ampla divulgação em rádios locais, reuniões com associações de produtores, visitas a lojas agropecuárias e distribuição de material informativo. A meta é ampliar o alcance das informações e reforçar a importância da prevenção.
“Nos próximos dias, as equipes vão retornar aos pontos onde há suspeita de abrigos de morcegos hematófagos, além de acompanhar a declaração de vacinação contra a raiva junto a Idaron. Ao final das ações, será elaborado um relatório técnico detalhado”, explicou o gerente de Defesa Sanitária Animal da Idaron, Fabiano Alexandre dos Santos.
PREVENÇÃO É A PRINCIPAL MEDIDA
A raiva é uma zoonose que afeta mamíferos e pode ser transmitida ao ser humano por meio da saliva de animais infectados, geralmente por mordidas. A doença não tem cura e pode causar grandes perdas econômicas na pecuária, devido à mortalidade de bovinos.
“Trata-se de uma enfermidade que precisa ser enfrentada com rigor, não apenas pelo impacto econômico, mas principalmente pelo risco à saúde humana”, alerta Ney Azevedo, coordenador do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros Domésticos.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, reforça que é essencial que os produtores notifiquem imediatamente qualquer caso suspeito de raiva no rebanho. “Como vem sendo amplamente divulgado pela Idaron, os exames laboratoriais e o atendimento às notificações são gratuitos. A detecção de foco não resulta em penalidades, tampouco na interdição da propriedade ou sacrifício do rebanho”, acentua Marcos Rocha.
