//Fórum promovido pela Idaron reúne autoridades e setor produtivo em debates voltados ao desenvolvimento da agropecuária

Fórum promovido pela Idaron reúne autoridades e setor produtivo em debates voltados ao desenvolvimento da agropecuária

Imprimir
O Fórum é uma das exigências do Ministério da Agricultura e Pecuária para alinhamento de estratégias de defesa sanitária e de biosseguridade.

Dezenas de produtores rurais, representantes políticos e membros de entidades públicas e privadas ligadas ao agronegócio estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira, 23/05, durante o 6º Fórum Rondoniense para Manutenção da Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, evento realizado pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron), no espaço da 11ª Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná/RO.

O Fórum, que é uma das exigências do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), tem como objetivo promover o alinhamento de estratégias de biosseguridade para o fortalecimento da defesa agropecuária em Rondônia. Na oportunidade, com intervenção via videoconferência do presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Francisco Olavo Pugliesi de Castro, também foram discutidos temas relacionados ao rastreamento bovino.

Antes do início do evento, o secretário de agricultura do Estado, Luíz Paulo, fez uso da palavra para parabenizar a iniciativa e falar da importância da união dos diversos setores que apoiam o agronegócio rondoniense. “Por meio da Idaron, o governo de Rondônia tem obtido sucesso na manutenção da zona livre de aftosa sem vacinação. É um trabalho árduo, mas que conta com o apoio da Secretaria de Agricultura (Seagri), da Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater) e de instituições privadas comprometidas com a pecuária do estado, como o Fefa (Fundo Emergencial da Febre Aftosa)”, destacou.

O presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres explica que o Fórum é realizado anualmente com o propósito de reunir a cadeia produtiva, para que Rondônia cumpra todas as medidas de defesa sanitária e de biosseguridade, para evitar que a febre aftosa e outras doenças de importante impacto econômico ponham em risco o status sanitário que foi alcançado a duras penas pela pecuária de Rondônia.

O Fórum Rondoniense é um compromisso assumido pelo Estado, previsto no Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), e deve ser realizada pelo menos uma vez por ano. Como o nome já diz, trata da manutenção do status sanitário e permite uma maior aproximação da Idaron e demais secretarias de Governo com o homem do campo”, explica Julio Peres.

Sobre os temas abordados no 6º Fórum, Julio Peres acrescenta que e é oportuno tratar de assuntos que estão cada vez mais próximos, como a rastreabilidade bovina, “que é uma exigência de mercados internacionais, que são mais exigentes e têm maior potencial de compra”, salienta Júlio. “E essa condição é colocada para o Brasil inteiro, não só para Rondônia”, acrescenta.

O tema foi abordado pelo presidente de Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Francisco Olavo Pugliesi. “O potencial do setor produtivo de Rondônia é crescente e a rastreabilidade da cadeia bovina deve valorizar ainda mais a bovinocultura do estado. Arrisco afirmar que muito em breve, com esforço do setor privado em cooperação ao setor público, logo o estado será referência em rastreabilidade bovina”, afirmou Francisco Olavo Pugliesi.

Segundo ele, embora Rondônia precise esperar uma determinação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o estado já tem a organização necessária para começar a fazer a rastreabilidade bovina. “Não será fácil, mas o potencial é grande”, acentua Pugliesi.

Outro tema abordado no Fórum foi biosseguridade, com palestra ministrada pelo consultor do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para o Programa de Vigilância Baseada em Risco – PVBR/Aftosa, o professor doutor Luis Gustavo Corbellini. “Rondônia é um caso de sucesso no que se refere a biosseguridade, com desenvolvimento de importante trabalho para prevenção da Febre Aftosa e a Agência Idaron é exemplo às demais agências de defesa agropecuária do Brasil”, comentou Luis Corbellini.

O especialista destaca que, quando se avança para um futuro livre de Febre Aftosa sem vacinação, deve-se abraçar a responsabilidade compartilhada para garantir a proteção da pecuária. “A Febre Aftosa não é um capítulo fechado, mas uma narrativa contínua, onde a prevenção é a protagonista. Agora é o momento de nos unirmos, aprender com o passado e construir um futuro sustentável para nossa pecuária”, enfatizou.

O governador de Rondônia, Marcos Rocha, destacou a iniciativa da Idaron, afirmando que a agropecuária do estado deu um salto de qualidade após a criação da Idaron. “E nos últimos anos foi estabelecido um marco, com a suspensão da vacinação contra a Aftosa, o que permitiu um avanço no mercado externo, com aumento nas exportações de carnes e derivados para vários países”, destacou Marcos Rocha.