//Idaron alerta sobre os sintomas e riscos da Raiva, uma doença que não tem cura, mas que pode ser prevenida

Idaron alerta sobre os sintomas e riscos da Raiva, uma doença que não tem cura, mas que pode ser prevenida

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O tema foi abordado durante oficina técnica promovida pela Idaron, na Rondônia Rural Show.

A raiva, uma doença grave que afeta tanto animais quanto seres humanos, foi tema das oficinas técnicas realizadas nesta quarta-feira, 22/05, pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), na Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná/RO. O alerta foi principalmente sobre os sintomas e riscos da Raiva, com ênfase na prevenção por meio da vacina.

Dezenas de estudantes e produtores rurais prestigiaram a oficina técnica

“A raiva não tem cura, mas pode ser prevenida”, destaca o médico veterinário Bruno Araújo de Pinho, da unidade da Idaron de Ji-Paraná. Falando para estudantes, produtores e professores, o técnico agropecuário salientou que, por meio Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), em integração com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Agência Idaron trabalha com estratégias de vacinação dos herbívoros domésticos (bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equinos) e o controle da população de morcegos hematófagos.

“Nos herbívoros, a raiva é transmitida principalmente por morcegos hematófagos, também conhecidos como morcegos vampiros, especialmente os da espécie Desmodus rotundus, por meio da mordida. A doença não tem tratamento e, ao contrário de animais de pequeno porte, como cães, a raiva em herbívoros se manifesta com sintomas de paralisia, queda, tremores, movimentos de pedalagem e dilatação da pupila”, explicou Bruno Araújo.

Dheyme Teixeira, aluna do curso técnico em agropecuária, da Escola Agrícola Itapirema, de Ji-Paraná

A iniciativa foi elogiada pela estudante Dheyme Teixeira, do curso técnico em agropecuária, da Escola Agrícola Itapirema (Efra), de Ji-Paraná. “Eu já conhecia os sintomas da raiva, mas achei a palestra muito elucidativa, principalmente às pessoas que não estudam sobre o assunto”, avaliou.

Franciele Santos, professora do mestrado em ensino da ciência da natureza, da Universidade Federal de Rondônia (Unir), de Rolim de Moura, também prestigiou a atividade e destacou a forma metodológica com a qual o tema foi abordado. “A dinâmica da palestra possibilitou a compreensão das pessoas e certamente surtirá efeito no combate à raiva dos herbívoros”, acentuou. “Foi uma linguagem muito simples e acessível”, completou.

Franciele Santos, professora do mestrado em ensino da ciência da natureza, da Unir

O presidente da Idaron Julio Peres, explicou que, dentre os maiores riscos da raiva para a pecuária nacional incluem-se a perda direta de animais por se tratar de uma doença fatal. “As atividades de controle da raiva em herbívoros são coordenadas e supervisionadas pelo Mapa e, em Rondônia, executadas pela Idaron. A vacinação contra a raiva é a maneira mais eficaz de prevenção à doença e é recomendada a partir do terceiro mês de idade com reforço após 30 dias e a revacinação anual para o controle”, explicou Julio Peres.

Caso um herbívoro apresente sinais da doença, o produtor deve entrar em contato com a Idaron o mais rápido possível para notificar a suspeita e, assim, ter início as ações de controle e vigilância da doença.