Servidores da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) participaram, nos dias 26 e 27 de novembro, de um curso de educação continuada voltado ao aperfeiçoamento das ações de prevenção, vigilância e controle de pragas de grande impacto econômico nas culturas da banana e mandioca — duas cadeias produtivas fundamentais para a agricultura familiar e para o agronegócio rondoniense.

O encontro técnico, promovido pela Idaron em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), reuniu especialistas para atualização sobre pragas consideradas de alto risco para o estado, como Rhizoctonia theobromae (vassoura-de-bruxa da mandioca), Fusarium oxysporum f. sp. cubense raça 4 tropical (Fusariose TR4 da bananeira) e Ralstonia solanacearum raça 2 (moko da bananeira).

Atualmente, apenas o moko tem ocorrência restrita em Rondônia, enquanto as demais pragas são consideradas ausentes — o que reforça a importância da vigilância ativa e da formação continuada dos profissionais responsáveis pela defesa vegetal.

O curso foi realizado com apoio da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Emater-RO (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), Seagri (Secretaria de Estado da Agricultura), Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e ADAF-AM (Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas). “O Ministério da Agricultura disponibilizou diárias e enviou especialistas para ministrar as capacitações. A Embrapa também contribuiu cedendo o espaço para a realização das atividades práticas, etapa fundamental para o treinamento dos técnicos”, destacou o coordenador do Programa de Vigilância e Controle de Pragas da Idaron, João Paulo Quaresma.

CAPACITAÇÃO ESTRATÉGICA

Por se tratarem de pragas capazes de causar severos prejuízos econômicos, os temas do curso foram selecionados com foco na necessidade crescente de fortalecer a defesa vegetal no estado. A banana e a mandioca representam importantes fontes de renda e segurança alimentar para milhares de famílias, além de integrarem importantes cadeias produtivas regionais.

Para o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, a qualificação permite que os servidores da Agência desenvolvam ações ainda mais eficazes de vigilância, detecção precoce, educação sanitária e resposta rápida, ampliando a capacidade do estado de prevenir a entrada e disseminação de pragas quarentenárias. “A atualização contínua desses profissionais é essencial para proteger a agricultura rondoniense e contribuir para a segurança fitossanitária do Brasil”, acentua Julio Peres.