O cronograma prevê a realização de vigilância sorológica em 64 propriedades e de vigilância clínica ativa em outras 66. A atividade é executada por servidores da Idaron lotados nas 84 unidades distribuídas por todo o território estadual.
“Essas ações são fundamentais para preservar a sanidade do nosso rebanho suíno e favorecer o desenvolvimento da cadeia produtiva da suinocultura em Rondônia”, destacou o presidente da Agência, Julio Cesar Rocha Peres.
Desde 2022, o PIVDS é executado anualmente com ações de prevenção e vigilância voltadas a três enfermidades de controle oficial: a Peste Suína Clássica (PSC), a Peste Suína Africana (PSA) e a Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS). “Até hoje, nenhuma dessas doenças foi registrada no estado”, acentua o auditor fiscal Ney Carlos Diaz de Azevedo, que coordena a ação.
Durante os ciclos de 2022 a 2024, a vigilância sorológica resultou na coleta de amostras de sangue de 1.921 suínos em 222 propriedades, todas com resultado negativo para PSC. No mesmo período, a Vigilância Clínica inspecionou 11.015 suínos em 200 propriedades, sem identificação de sintomas suspeitos das doenças monitoradas.

O governador de Rondônia, Marcos Rocha, ressalta a importância da ação, visto que a PSC, causada por um vírus altamente contagioso que afeta exclusivamente suínos, pode levar à suspensão da comercialização de carne suína e derivados em mercados nacional e internacional, além de causar alta mortalidade entre os leitões. “Com esse serviço, a Idaron ajuda o produtor a proteger seu patrimônio e impede prejuízos a nossa economia”, avalia Marcos Rocha.
Vale salientar que, desde 2016, Rondônia integra a Zona Livre de PSC reconhecida internacionalmente, ao lado de outros 15 estados brasileiros. A manutenção desse status é estratégica para o setor agropecuário local. No entanto, o risco permanece: o último foco da doença no país foi registrado em outubro de 2024, no Piauí, que ainda não faz parte da zona livre.
Para prevenir novos surtos, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) instituiu o PIVDS em 2021, com exigência de cumprimento por todos os estados que integram a zona livre. As atividades do plano incluem coleta de sangue para exames laboratoriais (vigilância sorológica) e inspeção visual dos animais com orientação técnica aos produtores (vigilância clínica ativa).
Atualmente, o Brasil permanece livre da PSA (cujo último foco foi registrado em 1981) e nunca teve casos confirmados de PRRS.