“Os herbicidas são produtos químicos bastante utilizados; no entanto, podem ocasionar contaminação ao meio ambiente”. Essa foi a tônica do artigo científico publicado pelo auditor-fiscal da Agência Idaron Sirley Ávila Queiroz, na edição número 13 da revista interdisciplinar, resultado de sua pesquisa de mestrado realizado junto ao Programa de Pós-graduação em Conservação e Uso de Recursos Naturais – PPGReN da Universidade Federal de Rondônia sob supervisão do professor Dr. Wilson Gómez Manrique.
Focado no tambaqui, uma das principais produções agropecuárias de Rondônia, o estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade aguda do ‘nufosate’ e analisar as aberrações cromossômicas em peixes expostos ao herbicida.
“A avaliação da toxicidade aguda e crônica foi conduzida em Colossoma macropomum. Para a toxicidade aguda, utilizou-se o teste de CL50-48h, enquanto a toxicidade crônica foi avaliada durante 30 dias de exposição. Foram observados efeitos genotóxicos, incluindo alterações nucleares em células de peixes”, destaca a pesquisa.
Sirley Ávila explica que a crescente preocupação com a poluição das águas tem se tornado um tema central nos debates sobre sustentabilidade e gestão ambiental em todo o mundo. “Este cenário é exemplificado pelo estudo de caso do rio Oued D’Hous, localizado na Argélia, onde a qualidade da água vem sofrendo deteriorações significativas devido ao descarte indiscriminado de efluentes de origens domésticas, industriais e agrícolas”, salienta.

A análise realizada pelo auditor-fiscal da Idaron aponta não apenas o aumento preocupante dos níveis de poluentes, mas também as consequências diretas dessa contaminação para a biodiversidade local, ameaçando a existência de espécies e impondo limitações severas ao uso da água pela população.
“O uso excessivo de produtos químicos pode ter consequências devastadoras tanto para o solo quanto para os sistemas hídricos, resultando em danos ambientais significativos e ameaçando a saúde dos ecossistemas. O uso desenfreado desses produtos não apenas contamina o solo, mas também introduz moléculas nocivas que podem se infiltrar nas águas subterrâneas e superficiais, causando impactos imprevisíveis e prejudiciais”, enfatiza.
O professor Wilson, continua os estudos na mesma linha de pesquisa e visa quantificar a integridade do DNA no tambaqui após 90 dias de exposição ao nufosate.
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