//Idaron inicia segundo ciclo do Programa de Vigilância Baseada em Risco com proposta de visitar mais de 5 mil propriedades rurais em RO

Idaron inicia segundo ciclo do Programa de Vigilância Baseada em Risco com proposta de visitar mais de 5 mil propriedades rurais em RO

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Programa baseado em critérios científicos é um importante componente para manter o estado livre de febre aftosa sem a vacinação do rebanho.

O Governo de Rondônia, por meio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril – Idaron, deu início ao segundo ciclo do Programa de Vigilância Baseada em Risco – PVBR, iniciativa pioneira cujo primeiro ciclo ocorreu de junho do ano passado a março deste ano e promoveu mais de cinco mil visitas técnicas às propriedades rurais em que há predominância de animais suscetíveis a febre aftosa, dentro do território rondoniense.

Muito mais que fiscalizar, o objetivo das visitas é promover a educação sanitária, orientando o produtor rural sobre as medidas de biosseguridade para prevenção da doença no estado, além de apontar fatores de risco e alertar sobre a importância da notificação imediata à Idaron sobre qualquer sintoma de aftosa.

“O PVBR é uma composição bem elaborada de ações estratégicas e funciona com base em estudos científicos aprofundados, sendo fator preponderante para que Rondônia se mantenha livre de febre aftosa. O trabalho é realizado em todo o estado, priorizando as propriedades que são mais sensíveis a introdução do vírus”, explicou o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres.

A coleta de informações junto ao pecuarista é feita por meio de um aplicativo desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa e os dados são disponibilizados em uma plataforma online, para que possam ser avaliados tanto pela equipe técnica da Idaron quanto do Governo Federal.

A expectativa é que nesse segundo ciclo mais de cinco mil novas propriedades rurais sejam visitadas pelas equipes da Idaron.

“Através do sistema online é possível acompanhar detalhadamente o que cada regional da Agência Idaron está fazendo em relação ao PVBR e todas as visitas são georeferenciadas, respeitando o planejamento estratégico definido dentro do programa”, destaca Alex Petró, coordenador estadual do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa – Pnefa.

Nesse segundo ciclo, iniciado agora em abril, a expectativa é que, novamente, mais de cinco mil novas propriedades rurais sejam visitadas pelas equipes da Idaron. “Rondônia tem mais de 100 mil propriedades com animais suscetíveis à febre aftosa, a cada novo ciclo pretendemos visitar cerca de 5% dessas propriedades. Importante salientar que cada região visitada é escolhida seguindo regras e critérios técnicos orientados pelo risco”, salienta Márcio Petró. “As visitas são orientadas por critérios de risco epidemiológico, dessa forma cada a uma propriedade visitada representa uma região ou um grupo de propriedades conectadas”, acentua.

INEDITISMO
Sobre o PVBR, o gerente de Defesa Sanitária Animal da Idaron, Fabiano Alexandre dos Santos, destaca que o Ministério da Agricultura ainda está desenvolvendo um modelo para o Brasil, mas, Rondônia, por conta de sua característica pioneira, buscou implementar antes dos demais estados e a experiência tem sido tão positiva que outras regiões, como o Pará, devem implementar a mesma metodologia.

“Antes do PVBR, o processo de vigilância não era palpável, hoje temos um volume considerável de propriedades visitadas. O objetivo é incutir na mente do produtor e demais profissionais envolvidos na cadeia produtiva que a vigilância não é responsabilidade única da Idaron. Pouco a pouco estamos conseguindo esse intento.” enfatiza a coordenadora estadual de Epidemiologia e Vigilância Veterinária da Idaron, Emanuela Panizi Souza, que também atua na coordenação do Programa de Vigilância PVBR em Rondônia.