Em Rondônia, devido às características que são próprias da região, o setor primário tem se readaptado, buscando inovações que, além de uma produção sustentável, garantam produtos de alta qualidade. Um desse setores é a cacauicultura que, ano a ano, firma o estado entre os principais e mais promissores produtores do Brasil. Destaque que se deve principalmente ao trabalho desenvolvido pelo Executivo Estadual, por meio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril, no combate a Monilíase do Cacaueiro.
A atuação da Idaron garante a sanidade dos frutos e amêndoas cultivadas em solo rondoniense, muitas das quais foram reconhecidas e premiadas na 4ª edição do Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Cacau de Rondônia (Concacau). Evento que, com colaboração da Idaron, reafirma o potencial da cacauicultura regional.
Realizado pelo governo de Rondônia, através da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO), o evento aconteceu entre os dias 26 e 27 de setembro, em Jaru e premiou o produtor Celso José de Abreu Santana, do município e Presidente Médici, que ficou em primeiro lugar na disputa.
O evento foi destacado pelo governador Marcos Rocha, que o classificou como um dos mais importantes do Brasil visto que Rondônia concentra as lavouras que, nos últimos anos, geraram as melhores amêndoas de cacau do Brasil, com reconhecimento nos principais concursos nacionais. “A Idaron, por meio da defesa fitossanitária, tem papel fundamental nesse processo evolutivo pela qual passa a cacauicultura de Rondônia”, destacou.
A programação reuniu centenas de produtores rurais de diversas regiões do estado. A etapa final, que antecedeu à premiação, contou com degustação e julgamento das amostras de chocolates, elaborados por meio de exemplares de amêndoas retiradas dos cacaus inscritos na premiação por seus produtores.
Vale destacar que, na etapa inicial do evento, profissionais da Idaron realizaram auditoria das propriedades inscritas no concurso para avaliar quesitos importantes, como, por exemplo, a sustentabilidade. “A Idaron participa das auditorias para verificar as condições de armazenamento e fermentação do cacau, a questão do inquérito de sustentabilidade, para saber se todos os requisitos estão em conformidade, o correto armazenamento de agrotóxico, a devolução de embalagens e se o produtor ainda está de posse das amostras inscritas”, explica Jean Ramos dos Santos, coordenador do Programa de Classificação de Grãos da Idaron.
Além das auditorias, durante os dois dias de Concacau, a Agência Idaron montou estande na área do evento e desenvolveu diversas atividades lúdicas e educativas sobre a prevenção da Monilíase do cacau e do cupuaçu, com participação e visitação de produtores rurais, donas de casa e estudantes.
Ao visitar o estande da Idaron, os participantes tiveram acesso a frutos com simulação de sintomas e sinais da Monilíase e participaram de jogos educativos, com imagens e informações sobre a doença. Também foi feita a distribuição de material educativo e informativo sobre a doenças.
Além das atividades propostas no estande, o servidor João Paulo de Souza Quaresma, Coordenador do Programa de Monitoramento e Controle de Pragas da Idaron, apresentou palestra sobre as responsabilidades compartilhadas por todos os membros da cadeia produtiva do cacau nas ações de prevenção à Monilíase. No encerramento, Jessé de Oliveira Júnior, Gerente Estadual de Inspeção e Defesa Vegetal, destacou, dentre as responsabilidades compartilhadas, a das empresas compradoras de amêndoas de cacau, que não podem comprar, sem certificado de classificação vegetal, amêndoas dos estados do Acre e do Amazonas, por estarem de quarentena para a praga.
