É inegável o impacto da avicultura na economia do estado. Qualquer abalo no setor produtivo, além de prejudicar a indústria e o produtor, colocaria em risco a subsistência de milhares de trabalhadores. E essa é uma das preocupações da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) que, atendendo as diretrizes da Instrução Normativa número 56/17, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), inspeciona e fiscaliza todas as propriedades produtoras de aves, para que Rondônia mantenha o status de zona livre de ‘Doença de Newcastle’ (enfermidade viral, aguda, altamente contagiosa que acomete aves silvestres e comerciais) e de ‘Influenza’ (uma doença infecciosa aguda altamente contagiosa descrita em diversas espécies animais inclusive, em humanos, causado pelo vírus da influenza tipo A).

Fabiano Benitez Vendrame, fiscal agropecuário da Idaron, diz que a Instrução Normativa 56/Mapa define os procedimentos para o registro, fiscalização e controle sanitário dos estabelecimentos avícolas de reprodução e comerciais. “É uma atuação muito importante, uma vez que, através do trabalho dos fiscais agropecuários da Idaron, o Estado consegue manter vigilância ativa para prevenir surtos da Influenza aviária e da Doença de Newcastle, muito comuns em aves migratórias”, explica.
O trabalho de inspeção foi intensificado a partir de 2018, quando o Governo Federal encerrou o prazo para que todos os produtores se adequassem à IN 56. “A Idaron fiscaliza principalmente a estrutura física dos aviários. É uma medida de biossegurança que visa prevenir o contato das aves de produção com as aves silvestres. Também fiscalizamos e controlamos o trânsito dessas aves, para assegurar ao consumidor um produto sadio e de qualidade”, acentuou.
De acordo com o Mapa, a avicultura brasileira se traduziu em uma atividade de grande sucesso ao longo dos últimos anos, com imensa importância sócio econômica ao país. A utilização de sistemas de planejamento, associados a novas tecnologias, reflete-se no extraordinário crescimento desta atividade no Brasil, tornando-o o maior exportador de carne de frango do mundo, assim como o segundo maior produtor mundial.
“Nesse sentido, o Brasil busca, em consonância com o Código Sanitário para Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e em harmonia com o setor produtivo, estabelecer as medidas de prevenção, controle e vigilância das principais doenças avícolas de impacto tanto em saúde pública como em saúde animal”, publicou o Mapa em sua página na internet.
“Aplicar medidas de biosseguridade nos estabelecimentos avícolas visando limitar a exposição de aves domésticas a aves silvestres, principalmente migratórias e/ou aquáticas, é a principal medida de mitigação de risco para introdução do vírus da influenza aviária no plantel avícola nacional”, acentuou Fabiano Benitez.