Em Rondônia é crescente a utilização de aeronaves remotamente pilotadas – ARP (drones), principalmente na aplicação de agrotóxicos. Para orientar produtores, empresários do ramo e estudantes sobre os cuidados e obrigações na utilização dessa tecnologia, a Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril (Idaron) promoveu uma oficina técnica sobre o tema, chamando atenção para as normas da Portaria nº 298, de 22 de setembro de 2021, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Lei Estadual 5567/22 de junho de 2023.
A oficina foi ministrada pelo engenheiro agrônomo Cleto Simão de Souza, da Unidade Local da Idaron de Cacoal. “O drone é uma tecnologia que já está presente em muitos campos e profissões e, pouco a pouco, tem sido introduzido na agricultura, tanto para monitoramento de área quanto para aplicação de agrotóxico. Contudo, tanto o produtor quanto o profissional que pilota o drone deve observar as normas que regulam a produção, comércio, transporte, uso, armazenamento, aplicação, fiscalização, tipificação das penalidades e a destinação final dos resíduos e embalagens dos agrotóxicos e seus componentes”, explica Cleto Simão.
Outra questão apontada pelo agrônomo é em relação aos operadores de drones, que devem possuir registro junto ao Mapa, através de requerimento no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários – Sipeagro, além do cadastro como prestador de serviço na aplicação de agrotóxicos junto à Idaron.
Isabele Vondorov, estudante do curso de medicina veterinária da faculdade São Lucas, elogiou a iniciativa da Idaron. “Foi muito proveitoso, principalmente no que se refere as operações de pulverização, que contam com diversas regras extremamente importantes e que devem ser respeitadas pelo operador da ARP”, destacou a estudante.

As regras as quais Isabele Vondorov se refere objetivam dar segurança ao processo de pulverização de agrotóxicos, evitando a contaminação do meio ambiente e prejuízos financeiros e à saúde de terceiros. Uma das regras diz respeito à distância mínima de povoações, que é de 20 metros, bem como agrupamentos de animais e de mananciais de captação de água para abastecimento de população, inclusive reservas legais e áreas de preservação permanente.
Para o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, essas oficinas são de extrema importância, uma vez que levam conhecimento sobre temas que muito em breve estarão presentes no dia a dia desses futuros profissionais. “Os estudantes já são integrados a muitas tecnologias, então eles absorvem as orientações com muito mais rapidez. E vale lembrar que essas oficinas atendem uma função importante da Agência Idaron, que é a de orientar a comunidade sobre os assuntos ligados a Defesa Agropecuária, tudo inserido no programa de Educação Sanitária”, avalia.
A iniciativa também é destacada pelo Governador Marcos Rocha. “A Idaron não é uma agência apenas de fiscalização, uma das principais funções dela é a orientação, em uma conversa direta com o setor produtivo”, acentua.