O tema será tema de palestra proferida pelo consultor do Mapa, Luis Gustavo Corbellini, para o Programa de Vigilância Baseada em Risco, no 6º Fórum Rondoniense, na 11° Rondônia Rural Show Internacional.
Consultor do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para o Programa de Vigilância Baseada em Risco – PVBR/Aftosa, o professor doutor Luis Gustavo Corbellini afirma que a biosseguridade é o grande segredo para manutenção do status de livre de febre aftosa sem vacinação.
Especialista no assunto, Corbellini destaca que Rondônia é um caso de sucesso no que se refere a biosseguridade, com desenvolvimento de importante trabalho para prevenção da Febre Aftosa. “A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril rondoniense é exemplo às demais agências de defesa agropecuária do Brasil. O PVBR tem sido feita de maneira exemplar, principalmente em relação a conscientizar o produtor sobre fatores de risco e os setores ligados a pecuária sobre responsabilidade compartilhada”, afirmou Luis Corbellini.
O especialista destaca que, quando se avança para um futuro livre de Febre Aftosa sem vacinação, deve-se abraçar a responsabilidade compartilhada para garantir a proteção da pecuária. “A Febre Aftosa não é um capítulo fechado, mas uma narrativa contínua, onde a prevenção é a protagonista. Agora é o momento de nos unirmos, aprender com o passado e construir um futuro sustentável para nossa pecuária”, enfatizou.
Sobre a biosseguridade, o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, explica que o termo é usado para realização de qualquer prática ou estrutura que a propriedade tenha, com objetivo de reduzir o risco de introdução de um agente de patógeno, de doença na propriedade, bem como a disseminação delas.
“Como bem destacou o professor Luis Corbellini, Rondônia entendeu a importância do PVBR para uma boa estratégia de biosseguridade, que nada mais é do que um conjunto de normas e procedimentos para que se diminua o risco de introdução de determinado agente patogênico na propriedade, bem como limitar a disseminação dele caso atinja algum animal”, acentua Julio Peres.
As medidas de biosseguridade são inúmeras e devem ser aplicadas conforme os fatores de risco identificados pelos fiscais agropecuários. “Por exemplo, um produtor que tem um programa de biosseguridade desenvolvida pode ter procedimentos que regule a entrada de pessoas na propriedade, que limite a entrada de animais e, principalmente, que controle a origem dos animais que ele compra, mantendo-os inclusive em quarentena para avaliar se eles podem ter uma doença ou não”, explica Luis Cordellini.
Para adoção do programa de biosseguridade, cabe ao produtor solicitar a um técnico um estudo baseado no PVBR, para que seja desenvolvido um conjunto de ação que reduza o risco de introdução de doenças no rebanho. “São práticas que devem ser elaboradas por um técnico para identificar quais são as doenças prioritárias e avaliar todas as medidas que são necessárias para que você reduza o risco dessas doenças”.
O Governador de Rondônia, Marcos Rocha, tem incentivado as ações da Idaron em todo o estado com base no que preconiza o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que está estimulando as agências de defesa agropecuária das regiões que estão livres de Aftosa sem vacinação. “Em consonância com o Mapa, por meio da Idaron, estamos estimulando e orientando os produtores a iniciar práticas para prevenção de doenças, principalmente da Aftosa, uma vez que a doença está erradicada, mas ainda existe”, disse Marcos Rocha.
Por meio da Idaron, o Governo do Estado aprimorou a comunicação com o produtor rural e setores ligados ao agronegócio convencendo-os de que eles são importantes parceiros na luta pela manutenção da área livre de Febre Aftosa sem a necessidade de vacinação.
Em resumo, enquanto se avança para que o Brasil tenha um futuro livre de Febre Aftosa sem vacinação, deve-se abraçar a responsabilidade compartilhada de proteger a pecuária.