//Agência Idaron intensifica combate a focos de raiva em Ji-Paraná e Alvorada

Agência Idaron intensifica combate a focos de raiva em Ji-Paraná e Alvorada

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O Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), intensificou as ações de combate e prevenção da raiva animal na região de Ji-Paraná e Alvorada do Oeste. Os trabalhos foram iniciados depois da confirmação de focos de raiva na espécie bovina, naqueles municípios.

A Idaron atua nas propriedades rurais da região onde foram identificados os focos de raiva, realizando diversas ações sanitárias de vigilância nas propriedades localizadas num raio de até 12 quilômetros dos focos. O objetivo é identificar novos focos e, principalmente, prevenir a ocorrência de novos casos da doença através da vacinação dos rebanhos e do controle de morcegos que se alimentam de sangue, morcegos hematófagos, que são os transmissores da doença.

Durante as atividades, os pecuaristas são orientados quanto ao protocolo de vacinação e é feita investigação da ocorrência de mordedura de morcegos hematófagos nos animais. Também é verificada presença de abrigos desses morcegos. Quando identificada a presença desses morcegos, uma equipe treinada da Agência realiza as atividades de controle dessa população. “Vale lembrar que o produtor rural não deve desempenhar essa atividade, pois oferece risco para sua vida”, orienta a equipe técnica da Idaron.

As ações de vigilância abrangem ainda, atividades de educação sanitária, com ampla divulgação sobre a enfermidade e suas consequências, através de entrevistas em rádio e com distribuição de material educativo por redes sociais. As Secretarias Municipais de Saúde dos dois municípios foram notificadas das ocorrências dos focos para as devidas providências junto às pessoas que manipularam animais enfermos.

Vacinar, é a melhor forma de prevenir a raiva

PRODUTOR RURAL

O controle e prevenção da raiva depende muito da colaboração do produtor rural através da vacinação dos animais. Para prevenção da doença, os produtores devem vacinar todos os bovinos, búfalos, cavalos, burros, jumentos, ovelhas e cabras existentes nas propriedades, independe do sexo.

Deve ainda realizar reforço da vacina após 30 dias nos animais que foram vacinados pela primeira vez. Posteriormente, a vacinação deve ser repetida anualmente. A Idaron lembra ainda que a vacinação deverá ser declarada na Agência, com a apresentação da relação dos animais vacinados e da nota fiscal da compra da vacina, utilizando, preferencialmente, os canais de atendimento remoto.

A vacinação e comprovação é obrigatória apenas para as propriedades situadas no raio de até três quilômetros do foco. Já nas propriedades localizadas entre três e 12 km de distância do foco, a vacinação é somente recomendada, ou seja, de adesão voluntária”, explica o coordenador do programa de combate à raiva animal dos herbívoros, Fabiano Benitez Vendrame.

É importante também que a comunidade informe à Idaron a existência de animais com sinais clínicos nervosos, como dificuldade para engolir (parecendo que o animal está engasgado), andar cambaleante, quedas frequentes, dificuldade para se levantar, animais que permanecem apenas deitados ou de mortalidades.

Essa comunicação pode ser feita direta nos canais de atendimento remoto da Idaron de sua localidade, ou através do site www.idaron.ro.gov.br na aba notificação de doenças ou até mesmo ligando no telefone 0800 643 4337. A ocorrência de ataques de morcegos a animais ou a pessoas e a existência de abrigos de morcegos também deve ser comunicada. “Aplicando todas essas medidas a raiva será controlada, evitando novos casos”.

TRANSMISSÃO

A raiva nos herbívoros é transmitida por morcego hematófago, aquele que se alimenta de sangue. Portanto, ela pode ocorrer em qualquer região onde há morcegos hematófagos com raiva. A detecção de casos através da comunicação do produtor a Idaron traz benefício para a comunidade, pois só assim a Agência, em parceria com os produtores rurais, pode adotar as medidas para controlar a doença.

RAIVA

Em relação a raiva, os principais sinais observados são o andar cambaleante, quedas frequentes, decúbito, que é o animal deitar e não conseguir mais se levantar, e, às vezes, pode apresentar sinais de engasgamento. O produtor não deve entrar em contato com a saliva dos animais doentes ou manipular esses animais, pois a raiva é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida ao homem. Sempre que esses sinais forem observados nos animais, o produtor deve comunicar a Idaron.