No trabalho de sorologia, que será realizado em todas as regiões do estado, os fiscais agropecuários da Idaron recolherão aproximadamente 270 amostras de sangue, para envio a um laboratório credenciado pelo Mapa. O resultado dos exames é encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Organização Mundial para Saúde Animal (OIE). “Esse monitoramento é feito anualmente. Nunca foi registrado um foco da peste suína clássica em Rondônia”, destaca Fabiano Alexandre dos Santos, gerente de Defesa Sanitária Animal.
Além do monitoramento sorológico semestral, a Agência mantém o serviço de vigilância ativa nas propriedades em que há atividades ligadas a suinocultura. “O governo tem uma meta mensal que é cumprida rigorosamente pelos servidores da Idaron, em apenas seis meses, de janeiro a junho desse ano, já foram realizadas quase mil visitas aos criadores de suínos”.
Peste Suína Clássica
A peste suína clássica, também conhecida como cólera ou febre suína, é uma doença altamente contagiosa causada por vírus da família Flaviviridae, gênero Pestivirus, de genoma RNA. Afeta tanto os porcos domésticos quanto os selvagens.
Os sintomas são: hemorragia, que pode levar à morte; febre alta; falta de coordenação motora; orelhas e articulações azuladas; vômitos e diarreia; falta de apetite; esterilidade e abortos; leitões natimortos ou com crescimento retardado.
Como prevenir
Pensando em ajudar o suinocultor, a Idaron reuniu sete dicas com cuidados sanitários básicos que podem ajudar a manter o vírus da peste suína clássica longe da propriedade rural. O material foi divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná, com informações da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).
1-Evite receber visita de pessoas que não façam parte do sistema produtivo, principalmente que tenham vindo de países e estados com focos das doenças;
2-Use sempre calçados e roupas limpas ao entrar na propriedade. Desinfete com frequência o ambiente de trabalho;
3-Utilize apenas água tratada para consumo dos suínos e nebulização;
4-Lave e desinfete veículos e equipamentos antes de entrar na propriedade;
5-Mantenha as granjas cercadas, isolando a entrada de animais domésticos ou selvagens;
6-Quando notar animais com sinais de doenças nervosas, respiratórias ou hemorrágicas ou em caso de morte repentina, informar o Serviço Veterinário Oficial (SVO);
7-Ao viajar para o exterior, evite visitar instalações produtoras e não traga produtos cárneos de risco.
Suinocultura em Rondônia
O estado de Rondônia possui 310 propriedades cuja a atividade comercial inclui a criação de suínos. Outras 22.676 explorações pecuárias trabalham com suinocultura, mas com finalidade de subsistência. Todas essas iniciativas pecuárias são acompanhadas de perto pela Idaron.
Fomento
Para fomentar ainda mais o setor, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), vai qualificar 10 técnicos, que serão multiplicadores, para atuar no fomento da suinocultura no estado.
Sem ônus ao Governo do Estado, a parceria ofertará capacitação com os temas: melhoramento genético, nutrição, manejo, instalações, bem-estar animal, sanidade, uso e aproveitamento de dejetos e reprodução animal.
O objetivo da iniciativa é multiplicar os conhecimentos adquiridos aos micro, pequenos e médios avicultores e suinocultores de Rondônia. Para execução do projeto, será firmado termo de cooperação técnica entre a Seagri, o Senar, o Sebrae e a Emater.