//Em parceria com o Mapa e Embrapa, Idaron promove capacitação técnica para prevenção da raça 4 tropical da fusariose em bananeiras

Em parceria com o Mapa e Embrapa, Idaron promove capacitação técnica para prevenção da raça 4 tropical da fusariose em bananeiras

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Atividade foi realizada na Embrapa, em Porto Velho, e contou com a participação de técnicos da Seagri e Emater-RO, Agência de Defesa do Amazonas-ADAF, agricultores e estudantes, com um público total de 52 pessoas.

Com o objetivo de alertar os produtores rurais e orientar técnicos agropecuários e estudantes sobre os riscos da raça 4 tropical (TR4) do fungo da murcha-de-fusarium da bananeira, mais conhecida como fusariose em bananeiras, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) promoveu nesta última terça-feira (29), no auditório da Embrapa, em Porto Velho, uma capacitação técnica para a prevenção da doença nos bananais da região.

A praga não está presente no Brasil, mas, recentemente, foi constatada na Colômbia e no Peru, o que, de acordo com o Ministério da Agricultura, coloca em risco a bananicultura nacional. Além desses dois países, a TR4 encontra-se disseminada na Austrália, China, Filipinas, Indonésia, Laos, Líbano, Malásia, Moçambique, Myanmar, Omã, Paquistão, Taiwan e Vietnã.

Para se antecipar ao problema, o Mapa designou dois auditores agropecuários, Juliana Moreira e Wilson da Silva, para visitar as regiões produtoras de bananas e orientar técnicos locais e produtores rurais quanto ao perigo da doença e sobre os sinais clínicos da raça 4 tropical da fusariose, para detecção e prevenção da doença.

Em Rondônia, o comunicado técnico, dirigido a produtores e extensionistas, foi feito por meio de palestras. “O objetivo é alertá-los e orientá-los para proteger os bananais da raça quarentenária, tendo em vista que a murcha-de-Fusarium é uma das doenças mais destrutivas da bananeira e a que mais causa prejuízos à cultura”, explicou Juliana Moreira.

Na oportunidade, dois pesquisadores da Embrapa, Francisco de Assis e José Nilton Costa, falaram aos produtores sobre a importância socieconômica da banana em Rondônia e sobre problemas fitossanitários e solução tecnológica.

Posteriormente, os auditores do Mapa destacaram os sintomas causados pela doença, comparando-os com os indícios do moko (Ralstonia solanacearum, raça2) e da murcha abiótica com diversas fotografias, para facilitar os trabalhos de monitoramento e detecção em campo da TR4 nos bananais brasileiros. Juliana Moreira também apresentou uma publicação do Mapa que, digitalmente, aborda os aspectos da doença e os cuidados a serem observados quando houver suspeita de ocorrência.

O pesquisador Wilson da Silva explica que não há ainda cultivares resistentes da planta. “Conhecida como murcha-de-Fusarium ou fusariose (antes conhecida como mal-do-panamá), essa deonça é considerada a principal patologia que ataca os bananais”, destacou.

EDUCAÇÃO SANITÁRIA

João Paulo de Sousa Quaresma, fiscal agropecuário da Idaron que coordena o Programa de Monitoramento de Pragas, destaca a iniciativa do Mapa e afirma que o trabalho de orientação e educação sanitária, referente à fusariose, será intensificado em Rondônia. “Esse trabalho preventivo deve ser replicado o mais breve possível para que todos os agricultores saibam reconhecer e, principalmente, prevenir a doença”, acentua.

ORIENTAÇÕES

Adotar um único acesso ou entrada de pessoas e veículos no bananal e manter um recipiente para limpeza de calçados e dos pneus dos veículos de visitantes da propriedade é uma das dicas que a equipe do Mapa repassou aos produtores. Caixas de concreto, conhecidas como pedilúvio ou rodolúvio, contendo o sanitizante ‘amônia quaternária’ ajudam a evitar a entrada de solo contaminado.

Outro cuidado é sobre a importação de mudas. Como a Raça 4 Tropical da Fusariose já foi constatada na Colômbia e no Peru, é proibido trazer desses países mudas de bananeiras e plantas ornamentais, além de artesanatos feitos da fibra de bananeira. “Produtores devem comprar mudas de qualidade de viveiristas inscritos no Registro Nacional de Sementes e Mudas, o Renasem”, alerta João Paulo Quaresma.

ACESSE AS APRESENTAÇÕES:

  1. Problemas fitossanitários e solução tecnológica (cultivares) para RO;
  2. Importância socioeconômica da banana em RO;
  3. Fusariose da bananeira