//Ações da Idaron na prevenção e vigilância a monilíase contribuem para o desenvolvimento da lavoura cacaueira em Rondônia

Ações da Idaron na prevenção e vigilância a monilíase contribuem para o desenvolvimento da lavoura cacaueira em Rondônia

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O cacau é um produto de alto valor comercial e vasto potencial de beneficiamento.

Indispensável para a produção do chocolate, um dos produtos mais consumidos no mundo, principalmente em abril, no período da páscoa, o cacau é uma fruta de alto valor comercial e vasto potencial de beneficiamento. Em Rondônia, a produção do fruto vem sendo incentivada de forma sustentável pelo governo do Estado, com a produção de mudas clonais e incrementos nos programas de incentivo ao produtor.

Outro fator importante, que contribui de sobremaneira para o bom desempenho da lavoura cacaueira rondoniense, são as ações desenvolvidas pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) na prevenção e vigilância à praga Moniliophthora roreri, conhecida como Monilíase do Cacaueiro. Hoje, Rondônia é livre da doença, o que torna a região um dos maiores polos produtores de amêndoas de cacau da região Norte.

Para garantir que as plantações mantenham-se sadias, livres da Monilíase, a Idaron tem mantido vigilância constante, tanto nas áreas de produção, com visitas aos agricultores na zona rural e em residências urbanas, fazendo trabalho de inspeção e orientação, quanto nas divisas do estado, ao longo das rodovias. “Assim que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), confirmou o foco da Monilíase do Cacaueiro no município de Cruzeiro do Sul/Acre, o Governo de Rondônia, por meio da Idaron, montou uma força tarefa de servidores que realizou levantamento minucioso nas propriedades da região da divisa, confirmando que a praga não havia chegado ao estado de Rondônia e intensificamos as ações de fiscalização e orientação no trânsito, com o objetivo de prevenir a entrada em Rondônia”, destacou João Paulo de Souza Quaresma, Coordenador do Programa de Vigilância e Controle de Pragas.

Segundo ele, a reação imediata da Agência é importante para impedir a entrada de plantas e frutos contaminados no território rondoniense e contaminar as lavouras cacaueiras e de cupuaçu do grande polo produtor localizado no distrito de Nova Califórnia, região de Porto Velho e demais regiões do estado.

Além do trabalho de fronteira, as ações de vigilância mantidas pelo governo estadual incluem ainda o cadastramento e inspeção de propriedades rurais e pontos de risco localizados nas áreas urbanas dos municípios do estado. A Agência Idaron realiza esse trabalho há mais de 10 anos e, no ano de 2021, foram 1.148 propriedades inspecionadas, sendo o estado com maior número de atividades desenvolvidas. Esta atividade é uma exigência para confirmar a não ocorrência da praga e possibilitar o comércio de amêndoas, frutos e mudas sem restrições fitossanitárias.

Também é realizado levantamento cadastral de comerciantes de amêndoas de cacau, com objetivo de controlar a origem e o destino das amêndoas adquiridas pelo mercado regional. A medida visa ainda obter informações sobre a qualidade e os procedimentos adotados no recebimento e armazenamento das amêndoas.

Além das ações no estado de Rondônia, a Idaron disponibilizou servidores capacitados para as ações de contenção e erradicação da monilíase no estado do Acre, sob a coordenação do MAPA, logo após a confirmação da ocorrência da praga. 12 servidores se revezaram nas ações, contribuindo na delimitação da área de ocorrência e erradicação de focos, incluindo a erradicação do primeiro foco da praga confirmado no Brasil.