//Idaron detecta índices elevados de agrotóxicos em legumes e frutas ao investigar uso de agroquímico ilegal em Vilhena

Idaron detecta índices elevados de agrotóxicos em legumes e frutas ao investigar uso de agroquímico ilegal em Vilhena

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Durante fiscalização para investigar o uso de produtos agrotóxicos contrabandeados, na área rural de Vilhena, extremo Sul de Rondônia, o Governo do Estado, através do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), detectou índices elevados de agrotóxicos em legumes e frutas que, geralmente, são consumidos in natura pela população.

A fiscalização, realizada em 18 propriedades rurais de Vilhena, no último mês de fevereiro, durante a operação ‘EMA’, detectou ainda o uso de material tóxico proibido para a cultura em quatro localidades. Além da fiscalização do uso ilegal de agroquímicos contrabandeados e das verificações corriqueiras referentes a compra, armazenamento, uso e descarte de embalagens de agroquímicos, os fiscais coletaram amostras de tomate, chuchu, pepino, pimentão e goiaba para analisar se a quantidade de defensivos agrícolas aplicados nas lavouras estão dentro do permitido por lei.

“Em fevereiro, a Idaron recebeu denúncia de que, em Vilhena, alguns produtores rurais estavam fazendo uso de agrotóxicos contrabandeados, então foi montada uma força tarefa denominada ‘EMA’, nome dado à operação por conta da substância Benzoato de Emamectina, que é um produto extremamente tóxico e que não pode ser utilizado nas culturas fiscalizadas.

Durante a operação, foram realizadas 18 coletas de materiais in natura. Análise feita em laboratório especializado apontou que 11 amostras estavam em conformidade com o limite máximo de resíduos estabelecido pela Anvisa, quatro amostras apresentaram resíduos de defensivos agrícolas que não possuem registro para a cultura e três amostras extrapolaram o limite máximo de resíduo permitido”, explicou Sirley Ávila Queiroz, da Coordenação Estadual de Agrotóxicos.

Os produtores que tiveram problemas nas análises serão orientados pela equipe da Idaron, em seguida passarão por nova fiscalização e poderão ser multados. “As multas variam de R$ 3,7 mil a R$ 10 mil, de acordo com a irregularidade encontrada”, destacou. “A Idaron já mantinha um trabalho, junto ao produtor, para orientação quanto ao uso consciente de agrotóxico, agora está verificando, por meio de análise laboratorial, se a legislação que regulamenta a matéria está sendo cumprida”, acentuou Sirley Ávila.

Criado ano passado, o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos tem por objetivo avaliar continuamente os níveis de resíduos de pesticidas nos alimentos de origem vegetal que chegam à mesa do consumidor. “O objetivo principal é garantir produtos certificados e de qualidade para o consumo humano”, finalizou.